E não tão ruim quanto eu pensava, embora esteja longe de ser bom.
Vamos começar pela história.
Numa Idade Média não definida, temos a figura das bruxas e feiticeiras e dos caça feitiços. Algumas são más e querem acabar com o mundo ou dominá-lo. Os caça feitiços, sempre o sétimo filho de um sétimo filho, estão lá para impedir.
Jeff Bridges é o último deles, fica meio óbvio, e ele tem que formar um aprendiz. Claro,
A Rainha Malkin de Julianne Moore é uma vilã feiticeira que se torna um dragão. Ah, sim, as feiticeiras e feiticeiros desse "mundo" são todos "animagos" que se transformam em alguma coisa.
O roteiro é fluido, segue, mas tem muitos lugares comuns, muita coisa óbvia, muito clichê.
Daqui para diante, spoiler de todo tipo, leia por sua conta e risco.
Repetindo o papel de Rooster Cogburn, mas em outro tempo e local, que já era reprise do papel de Wild Bill de 95. |
O menino desconhecido e sem graça que se torna o aprendiz de um Jeff Bridges que está cansativo, interpretando o mesmo papel de velho calejado rabugento de sempre, começa atirando facas e errando. Fica claro que, respeitando a jornada do herói, esse é o marco da transição dele: somente quando ele acertar o arremesso de faca ele está pronto, será o herói.
Temos a mocinha, a filha de feiticeira, tão sem graça que quando você descobre que o papel da mãe dela no filme é da Antji Traue, a Faora do Man of Steel, você entra no clássico caso de melhor pegar a mãe que a filha. A tal Vikander perde de longe para Traue.
Isso parece pouco em uma produção desse tamanho, mas se a mocinha é aguada demais... não vira.
Se eu fosse sétimo filho e tivesse uma sogra assim... |
... desculpa... mas a filha sem graça rodava rápido... Eita casal sem expressão!!!! |
Ah, que mulher!!!
Ah, que papel sem graça!!!
A vilã, embora tenha motivação não consegue passar algo mais impactante para o expectador. Sem uma vilã que exprima realmente sua maldade, seja adquirida ou herdada, fica complicado. Mesmo com todas as explicações sobre o passado dela e de Gregory Bridges, não se convence que há a tensão necessária ali para justificar tudo, Para atores bons, podemos entender que o diretor que falhou ali, seja por falta de pulso ou por achar que os medalhões fariam a parte deles sem esforço.
Nas palavras de um amigo "Julianne Moore, também, não recusa papel... "
Quando descobrimos que o seu moço ainda é filho de feiticeira além de ser sétimo filho, temos o prometido, aquele tem o pé nos dois mundos, o predestinado. Óbvio desde o começo do filme quando a mãe lhe entrega um amuleto idêntico ao que o Mestre dos Magos deu para Bob, o Bárbaro e que este deu para o gigante enfrentar o Vingador.
Claro que o amuleto se perde, o amuleto é achado. Claro que a feiticeira filha vai ter um estalo mágico ao tocar o prometido, um momento Brida para completar o filme.
A parte boa é que os combates são ótimos, a fotografia é boa e não economizaram filtros. Visualmente é ótimo de se ver.
Momento Photoshop de Julianne Moore |
Acho Julianne Moore uma das mulheres mais belas do cinema de sua geração. Mas também acho essa cena desnecessária. Mas que vá. É o momento do feitiço parar no meio e Gregory acordar, como bêbado que acorda pra vida quando acha o artefato mágico do travesti que está beijando.
Eu juro que queria ter gostado mais.
Mas confesso que poderia ser pior.
Tem todos os elementos de fantasia lá. Deve ser por isso que sabemos o rumo das coisas.
Mas o que realmente incomoda é que, aparentemente, a região geográfica é enorme e eles tem apenas 5 dias para chegar no castelo da Rainha Malkin e dar jeito em tudo. De carroça e à pé, não dá. Os tempos e distâncias apresentados me incomodaram. E muito.
Dá pra assistir se você não for um crítico tão chato quanto eu.
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